SUJEIRA

Eu aqui sozinho nesta rua

Hoje eu olho pr'o horizonte

Imagino como a solitária lua

Pode iluminar assim como antes

Se devagar o tempo passou

As árvores aqui foram cortadas

Um edifício ali se levantou

Para dar lugar a nova moradas

Uma avenida fora construída

Onde corria uma água limpinha

Corre água impura e constituída

Em um lixo vindos da esquininha

Excremento ríspido e muito louco

Que o cidadão não quer enxergar

A ganância em sair fácil do sufoco

Faz eu, ele e você a natureza matar

Somos na verdade todos culpados

Por olharmos tão somente pr'os lados

Uma verdade em mim nua e crua

Quando se olha a limpidez da lua