Abstráto viveiro

Abstrato viveiro

Mariano P. Sousa

Quando o sol se esconde

E a noite cai,

Sem trazer ninguém,

A saudade vem

E você se vai.

Quando a estrela brilha

E a noite esfria,

Lembra as frases doces,

Que o coração trouxe

E você dizia.

A coruja canta,

O cachorro espanta,

O desejo aumenta,

O peito lamenta

E meu medo levanta.

A canção é doce,

Fala de amor

O amor é início,

Ganho e desperdício

De prazer e dor.

A penumbra mostra

A cor do silêncio,

Difícil de ver,

Vive para ser

Um poder imenso.

Leva a mundos distantes,

Universos diversos,

Pra viver esse mundo,

Caminhando a fundo

Essa dor não meso.

Vem a madrugada

Junto à sua imagem,

Alucinação,

Enche o coração

De delírio e miragem.

Flores fictícias,

Jardim inexistente,

Nascem no canteiro,

Abstrato viveiro,

Do jardim da mente.

MarianoPSousa
Enviado por MarianoPSousa em 17/05/2007
Reeditado em 20/11/2007
Código do texto: T490222
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