Sedento da chama do sim, me arrisquei

Sedento da chama do sim

da fusão corporal anunciada

corri ao sol em segredo meditei,

lancei desejos ao cosmos, me arrrsquei

mas mantive o orgulho em alta mesmo pungente,

mantive o silêncio, um contra silêncio veemente

foi se o dia e o profundo azul afirmado pelos raios do sol

voltava a noite fria, eu só

o silencioso me corroia uma angústia me coagia sem dó

nenhum advérbio nenhuma palavra nenhuma canção

pairava em meu peito um samba um desfecho sem rima e desleixo quem sabe, um refrão

Faltavam os meus verbos antecipados, e sem chão, soçobrou meu quinhão

Maratona insensata a qual Chronos impôs

é um drama é barvata

um possível depois,

o fato é consumado: Dionisus furtou-se e Chronos se impôs

As núvens, se perderam no breu da incomunicabilidade

É sinal da cólera de um Deus meu quinhão se perdeu, em impossibilidade

Mas o nectar virá numa outra estação

O amor voltará ao mesmo coração

Maratona insensata a qual Chronos impôs

é um drama é barvata

um possível depois

o fato é consumado: Dionisus furtou-se e Chronos se impôs

Antero Kalik
Enviado por Antero Kalik em 17/12/2014
Reeditado em 19/12/2014
Código do texto: T5072061
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.