MORRENDO DE AMOR

 
Calou-se a voz
Calou-se o poema
Calou-se Iracema
No meu leito de amor
 
Peito despedaçado
Coração apertado
Vai sofrendo calado
Quase morto na dor...
 
Persisto seguindo perseguindo
O samba construindo versos
Sofridos, despreocupados
Com a rima e sem nenhuma
Pompa... No deleite sentido
Vê se escuta o que eu digo
Se eu sou o pavio, você é 
A bomba...
 
Num duplo sentido faço
Este samba são versos sofridos
Sentidos nos lençóis de nossa cama
Por isso lhe peço, fique mais um pouco
Comigo, pois, num outro sentido  
Se eu sou a corda, você é
A caçamba.
 

 
 

 
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 30/03/2015
Reeditado em 30/03/2015
Código do texto: T5188540
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