Mal de seculo novo

A terra pertence a quem nela trabalha

O sertão vai virar mar, o sertão vai virar mar

Em 1900 a de se apagar, todas as luzes, todas as luzes

Quem tiver perna que corra, quem quiser ficar que fique

Quem quiser morrer que morra, pra sair dessa gangorra

O progresso é uma menina de pernas tortas

Se essa rua, essa rua fosse minha eu não mandava eu pedia, pra curar

Todo o mal de seculo novo

Celibato desejo reprimido

A igreja e a propaganda, o consumismo e a esperança

Tadinha mesmo é das crianças

Mas o adulto também sofre com a intolerância

O amor que ele segue, a cor de pele que ele veste

Um corpo pega fogo, um indigente que padece

Na mão de um estudante que aparece na TV com a camisa do Che

O camarote da família ta reservado

O império da cocaína, o império do lava jato

A terra pertence a quem nela trabalha

O sertão vai virar mar, o sertão vai virar mar

Em 2000 e alguma coisa a de se apagar, todas as luzes, todas as luzes

Quem tiver perna que corra, quem quiser ficar que fique

Quem quiser morrer que morra, pra sair dessa gangorra

A justiça é uma velha que mal enxerga

Se essa rua, essa rua fosse minha eu não mandava eu pedia, pra curar

Todo o mal de seculo novo

A mente que se expande não volta ao tamanho de antes

Até uma fruta podre tem um lado que é brilhante

Sebastião Salgado fotografa, a corrida pelo ouro, a servidão do homem

Quem abandona a família, abandona o cachorro atrás de sensações

Ser ou não ser, eis a questão, o pilar da sociedade é parecer!

Status quo social do facebook UMBIGO!

Ansiedade, vaidade, to apavorado, o barato ta aumentando e o mundo ta virado