Bolas de Gude

Vou devagar

A estrada é cheia de espinhos

Vou devagar

Tateando os caminhos

A negritude do olhar

Me revela passagens estranhas

Bolas de gude e um baile

De figuras medonhas

Pobre do amor

Que caiu da vitrina

E sem destino hoje vai,

Vai dobrando a esquina

Meus belos anos, ingênuos

Despencaram no abismo

Tinha um poeta e um verso

Coração em lirismo

Guardo a lembrança de um tempo

E uma flor na lapela

Quando o amor me sorria

E abria a janela