LAPIDAÇÃO

A dor que o destino se pôs a escrever,

entre canteiros floridos, sufocou o perdão.

A saga dos fatos, qual filme na tela,

mudou a aquarela trazendo outro brasão.

Então um anjo veio,

sorriu e estendeu-me a mão.

Hoje não sou mais réu,

o anjo era azul, sua mão era azul,

azul era o céu.

E a vida de antes servida na mesa,

deixou a tristeza presa ao porão

e tudo que ainda viria me deu de presente

uma nova lição.

Então de dor em dor, vou lapidando meu Eu.

Marçal Filho e Música de Chico Geraes
Enviado por Marçal Filho em 20/07/2015
Reeditado em 09/05/2024
Código do texto: T5317745
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