Violeiro

Eu sou assim

Violeirinho

Aprendiz de tocador

Aonde me chamar eu vou

Gosto mesmo de tocar

Vou aprendendo

Com os mestres que eu vou vendo

Da viola vou vivendo

Canto em qualquer lugar

Pode ser na feira

Debaixo de uma porteira

No parque de exposição

Na festa em uma latada

Ou em cima de um caminhão

Canto coco e xaxado

Quando estou empolgado

Vou do rock ao baião

Mas gosto mesmo é do repente

Fazendo improviso

Com as coisas da região

Canto história de caboclo

Do cego que deu o troco

No bêbado Valdemar

Que quebrou o bastão

Na cara do ladrão

Que queria lhe roubar

Também canto o amor

Ingrato e sofredor

Que faz até chorar

Se alguém me desafia

Pra fazer uma cantoria

Ai eu vou gostar

É só da o mote

Que eu lhe desafio

Até o cabra parar

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 06/01/2016
Reeditado em 06/01/2016
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