Quem sou eu

Eu sou um mano de fé, e não um João ninguém ou um Zé mane;

Não me interessa o que pensam ou falam de mim, eu sou sangue bom e não sangue ruim;

Eu sou todo bondade, maldade, não é de minha propriedade;

Eu sou tudo de bom, mostrando que no rap tenho dom;

O mocinho e não o bandido, não passo para o outro lado, nem ferido, machucado;

Quem eu sou, eu já falei, quem sou eu, eu não sei;

Creio em Deus e dou valor a minha vida, rumo ao céu;

Pergunto-me quem sou, pois ninguém nunca me falou;

Serei somente, um corpo, perigoso quem sabe, misterioso milagre;

Serei um solitário nessa multidão, sem rumo e sem razão;

Serei uma partícula de átomo, perdido no espaço;

Serei produto do acaso, só mais um caso raro;

Como explicar a mim mesmo, Será que estou a esmo;

Qual é o meu destino, que me pergunto desde menino;

Só me resta a Deus louvar e esperar ver o que vai dar;

Fazer minha parte bem e poder contar com alguém;

Só assim esperar o futuro sem pranto e alcançar o bem mais santo;

E avançar para o progresso, com Deus no coração ai é sucesso;

Sei que é difícil, nunca foi fácil;

Haverá dor e sofrimento, mas será por pouco tempo, no momento eu lamento;

Sinto que sou infinito, choro, grito, mas não me aflito;

Embora eu em meu lar, sei que meu destino é esperar;

Sei que nasci para ser feliz, para agir e servir;

Deus me deu a vida, um pai, uma mãe, uma família;

Que me ensinou, só que eu não sei quem sou eu;

Carregou-me de esperança, de alegria e de paz, eu sei que não me abandona jamais;

Não há herança melhor, para as demais gerações, não há riqueza maior, que abrigar corações;

Com trabalho e harmonia, deixar tudo em sintonia;

Um cidadão irmão da humanidade, mostrando somente a verdade;

Filho de Deus que é bom e justo, morador desse mundo injusto;

Fazer brilhar a luz divina em mim, na terra sei dizer não ou sim;

Com prazer e responsabilidade, a caminho da eternidade;

Dedicado aprendiz desta disciplina, chamada escola da vida;

E agora que me vejo, com certeza quem sou e o que desejo;

Com virtudes, transformando em ternuras gestos rudes;

Uma obra prima de Deus e não rascunhos seus;

Um ser em evolução, no meio dessa multidão.

Maico Oliveira
Enviado por Maico Oliveira em 13/07/2007
Código do texto: T563666
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