Burguesia x Nossa realidade
Paga de 2000 seguidores na net
mas eu te faço uma aposta
se na pergunta "você ta bem?"
5 se preocupam com a resposta
pode pagar de "Famosinho"
que eu pago com atitude
grandeza se diz respeito á humildade
e não quem tem mais curtidas no facebook
eu vivi uma vida comum
e ainda vivo
como se não chegar a lugar nenhum fosse meu único insentivo
no morro desce moleque e sobe moleque
carro e homem assoviando,
bike desce sem breque
de estepe só o sonho na bagagem
quadro velho no quintal
so a sombra na garagem
não quiz atalhos e ainda prefiro assim
policia pode invadir
sem tremer que nem os irmãozinho
não tenho nada á dever
pelo contrário é o governo que me deve
se houvesse inclusão social
talvez levassem a sério o meu papo rap
a gente vive e cresce como se fossemos criança
parquinho só no congresso
o nosso sorriso só se for nas esperança
a gente hora ou outra ainda ri
como se tivesse acostumados com isso
pagar as contas deles e viver submisso
Senhor eu nao tenho culpa se no morro a rua é opção
aqui as multinacionais controlam tudo
prefeitura e burguesia dão as mãos
eu não tenho culpa se boné pra trás é moda e eu curto
como se os de terno e sapatinho
não roubassem absurdo
eu não tenho culpa se classe é dinheiro
somos produtos da sociedade
somos uma empresa a modo costumeiro
sem saneamento digno fome no nordeste
agua e luz é absurdo
pra viver sem se matar so sendo cabra da peste
sem tremer quando a vida bater
só revidando porque se atacar eles mostram o poder
eles tem as cromadas e eu porto caneta no coldre
eu nao sou rebelde só não aceito ter mente podre
opressão pra todo canto
submissão farda e nossos fardos pesados
no fim todo mundo é peça de xadrez
conduzidos de modo errado
tomamos xeque mate
todo dia um 7 a 1 diferente
que tem medo do povo
não se sente povo como a gente