Asa Branca no Dia Nacional do Forró.
                            Ave, Gonzagão!




 



ASA BRANCA - GONZAGÃO
 
 
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação.

Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão.
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão.

Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração.
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração.

Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim vortar pro meu sertão.

Quando o verde dos teus olhos
Se espaiá na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração.
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração.