A LENDA DA VITÓRIA RÉGIA
Anauê, curumim, cunhã, abá
de Irupê a Liberdade vai falar Bis
(Conta a Lenda....)
Assim contavam os pajés
Jaci descia a terra prá buscar
Uma virgem para ser o seu amor
E junto dele lá no céu brilhar
Naiá ouvindo tudo se agitou
E por Jaci ela se apaixonou
Ao cair da noite
Fugia para admirar a Lua
Correndo pelo alto das montanhas
Tentava o belo astro alcançar
Mas por ele sempre ignorada
Entristecida começou a definhar
(Oh Rudá!...)
Rudá oh Deus do Amor!
Proteja esta princesa da desilusão e dor Bis
(Certa noite ...)
Certa noite quase desfalecida
De cansaço às margens de um igarapé
Viu nas águas a Lua refletida
Majestosa com todo seu esplendor
Pensando ter chegado a sua vez
Atirou-se n´água e de lá não mais voltou
Impressionada com tamanho sacrifício
A Lua comovida a transformaou
Na maior das flores da Amazônia
Onde vivem o Boto, o Curupira e Guaraná
Então Naiá virou Vitória Régia
Que só abre suas pétalas ao Luar
(Anauê...)