MUNDO DA LUA

MUNDO DA LUA

Selenita vê a terra como uma bola azul, bonita.

Desenhos alvos, manchas flutuam a sua volta.

Toque de verde, muito marrom, glacial desdita.

Depois de tanto tempo omisso, agora revolta.

Observa que o tom da esperança está sumindo.

Cor castanha crescendo depressa, como tingindo.

Placas brancas eram enormes, estão diminuindo.

Ilhas desapareceram, talvez mar esteja engolindo.

Última viagem foi antes do cometa que colidiu.

Susto, barulho feio, pensa que planeta explodiu.

Outro lado da lua, navega para longe do que viu.

Acha efeito prejudicial, pra outras bandas partiu.

Galáxias, sistemas, universos, estrelas, outras luas.

Nada igual, satélite do mais belo corpo celeste.

Seu lar, espaço de sobrevivência, entre vidas nuas.

Cheia, nova, míngua, cresce, o sol nasce no leste.

Viajando, retornando pra casa, sobrevoa o globo.

Mudou muito, bicho da hora é pequeno, dois pés.

Uma praga, transforma solo em deserto, um bobo.

Floresta, fonte de oxigênio, derruba, faz o revés.

Ganancioso, usa roupa, um disfarce da vergonha.

Atacam uns aos outros em derrames de morte.

Inteligentes, uma capacidade mental medonha.

Irracionais no trato da nave mãe, da própria sorte.

O que pode ser feito para uma mudança de atitude.

Soltar raios de aviso, lei, não os tem assim amiúde.

Sofre pelas mãos atadas e atacadas, peleja saúde.

Chora, quadro, retrato, ora para que deus nos ajude.