Cotidiano Dificil

Cotidiano Difícil

Cotidiano Difícil

Enquanto escrevo explodem bombas em Allepo

Quem? Quem? Quem? Quem vai ajudar?

Quem? Quem? Quem vai pagar? Pela lama jogada em Mariana.

Quem acredita no S.U.S? Parar na fila é nossa Cruz

Ta ficando atoladinha, é o que o banco diz quando você assina um contrato

De fato, prendem correntes no seu sapato, igual a um pato

(E Vocês tem dinheiro)

É o povo Mermão, é o povo é Jão!

É o povo Mermão, nois Jão!

Minorias, templários, fundos monetários

Peões, pessoas, peixes de aquário

Animais raros são tapetes em casas de empresários

Tragédias, mega corporações

Homem Babilônia respira e samba

O tremor da noia, a brisa da insonia

Homem Babilônia respira e samba

O tremor da noia, os passos da insonia

Cotidiano Difícil

Cotidiano Difícil

Do, do, do doi... Um tapinha não doi

Você diz pra sí mesma, quem fez foi companheiro, marcou seu corpo inteiro

A culpada é você, é o que tentam te vender, matar seu filho na TV

Por que?

Por ibope ou dinheiro

Roubo de orgãos vitais, problemas reais, pessoas somem o ano inteiro

O roteiro de um puteiro é o Brasil brasileiro

É o povo Mermão, é o povo é Jão!

É o povo Mermão, nois Jão!

Quanto pão vou comer, das mãos que o diabo amassou

Das ideias que algum ditador, insiste em impor

Quanto pão vou comer, das mãos que o diabo amassou

Das ideias que algum ditador, insiste em impor

Homem Babilônia respira e samba

O tremor da noia, a brisa da insonia

Homem Babilônia respira e samba

O tremor da noia, os passos da insonia

Cotidiano Difícil

Cotidiano Difícil

Senzalas e repartições, modernos escravos, depressão, hipertensão, café preto e cigarro, super dosagem tome cuidado

Estampas coloridas disfarçam as chagas escondem feridas que o corpo não cala, reflete e diz, tua alma ta podre

As oportunidades são iguais, quero saber quais, um chora pelo leite, um chora pelo lixo, em escala global o planeta vai mal, bem mal, pessoas e bicho