Rosas verdes
Quando você se foi, Rosa vermelha
fiquei perdido na ilusão
Você foi cruel, Rosa Vermelha
você é a cor de uma paixão
Você fez feitiço, rosa cigana
o meu desejo todo sempre se assanha
É tanta cama só nos meus sonhos
que eu os ponho numa oração
Como criança, entrei na dança
rezando a Cosme e Damião
Profana prece lhes pedi:
a boca doce que partiu
Sou outro homem, de outra cor
sou um arranjo primaveril
De esperar, sou esperança
sou rosas verdes num buquê
Pra ver você voltar pra mim
com aquele beijo de carmim
No nosso ninho de cetim
vou te queimar com a minha chama
Vou me vingar, Rosa Vermelha
as rosas verdes vão morrer
Eu não sou mais o jardineiro
de só uma flor, sem coração
Tenho um jardim inteiro meu
e outras flores pra regar
Jasmins, hortênsias, margaridas
e nomes eu não vou lhes dar
Pra te esquecer, Rosa Vermelha
as rosas verdes na lixeira
Um cravo roxo na lapela
o desamor dentro do peito
E no meu jardim de tanta flor
é proibido um novo amor
Não mais terá rosa alguma
nem flor qualquer de cor vermelha
Com um cravo roxo na lapela
te digo adeus, rosa bandida
Nota: essa é pra meter ficha no jukebox do bordel, e virar birita. Letra pra um bregão com o parceiro, João Neto.