Coisas da vida
A vida nos vale
O tanto a façamos que valha
È um choro, um sorriso, um canto
Liberdade, prisão, uma navalha
Nem tudo é razão
E nem tudo é querer
Mas quando vem a paixão
O que se há de faze-er-ê
Mas é preciso entender
O tempo do amor e o da separação
Para não sofrer
E é preciso lutar
A todo momento contra a solidão
Para não morrer de amor
Há sempre em nós guardado
Um ser prisioneiro e outro soldado
Uma parte que cala, implode, aceita
Outra parte que fala, explode e diz não
Não, não, não hum hum
É sempre mais funda a ferida
Que fura, que rasga, é um corte
As armadilhas da vida
É que nos fazem mais fortes
Mas é preciso entender
O tempo do amor e o da separação
Para não sofrer
E é preciso lutar
A todo momento contra a solidão
Para não morrer de amor