Eu, o boto
Mergulhei,
me perdi...
Viajei,
esqueci...
de ver brilhar o sol...
Mar, doce mar,
rio, amargura sem fim...
Quisera poder ver o sol
no fim do caminho...
Quisera ter um caminho...
Quisera o sol queimando o sal...
Quisera não mais voltar...
emergir, respirar...
Farto de sol,
mergulhar nesse rio,
me perder nesse mar...
Noite preta sem lua
me desato das águas
invadindo as praias em busca do amor...
Noite escura e ela nua
redescubro nas bocas
o gosto dos beijos melados de sal...
Mar, doce mar,
rio. amargura sem fim...