JOIA PRECIOSA

PLENITUDES FORTUITAS

A dor da perda de uma filha voltou.

Aliás pretensão querer que ela partisse.

Esteio que mantem trilho que vida alinhou.

Triste, sentido desejo que apoteose resistisse.

Mesmo calado corto língua em ponta de faca.

Invejo, por egoísmo, aquilatar do seu rosto.

Joia preciosa ainda brilha, reluzindo à estaca.

Cravada em meu peito, qual punhal ali posto.

Para sempre gatilho espera encontro bipolar.

Agindo hormônios lacrimais por pura franqueza.

Dever importar resistência confortável, aceitar.

Mãos de Deus sempre guiaram a minha riqueza.

Apesar das tentativas fugidias, formam muitas.

Perdi a conta, deslizei variedade de rua obscura.

Luz iluminou de encanto as plenitudes fortuitas.

Trouxeram me até aqui, o resto estou à procura.