O mutirão
Z


Fui num mutirão no Sítio, de um senhor enciumado
Tinha uma filha moça, me deixava apaixonado
Roçando numa invernada, a fome me apertava
Corri logo pra cozinha, junto dela eu almoçava

Meti o dedo numa broca, da suã chupava o miolo
Mas meu dedo ficou preso, a menina estava de olho
Amoitei a mão pra trás e esqueci do seu cachorro
Que bocou naquele osso, me puxando feito um touro

Entramos no quarto dela, aí eu estava gostando
Com sua mão delicada, seu cachorro dominando
Sentou na sua caminha, me olhando e sorrindo
Puchou o dedo com jeitinho, do buraquinho saindo

Com seu pai no mutirão, sua mãe com as criação
Namoramos em segredo, que até perdemos medo

Refrão
Mas que tarefa apertada,
enfrentei no mutirão
Nem fiz calo no meu dedo
Namorando em segredo
com a filha do patrão

Mas esqueci da minha foice,
lá no pé de uma lobeira
O sogro desconfiado
veio muito enfezado
fui pra casa, na carreira

 
Jaime Teodoro
Enviado por Jaime Teodoro em 02/01/2018
Reeditado em 12/01/2018
Código do texto: T6214697
Classificação de conteúdo: seguro