Enigma Amoroso
Não te faça de menina
Não te queira, feminina
Não procure, outra sina
Não me deixe, pequenina
Não me olhe, Redondilha
Não espere, Avenida
Não reclame, viva a vida
Não me queira, Hoje ainda
Só por hoje, te procuro
Pós a morte, te cultuo
Ao inverno, te esquento
Ao Velório, te tormento
Beijo o rosto, e choro
Puxo o ar, apavoro
Ao findar, me recordo
Ao voltar, me revolto
Vendo tudo, que se passa
Já fui homem, e fui nada
Fui Fiel, Traidor
E bebi, toda a dor
Mas, Lá na manhã
Um dia se renasce
No meu leque de saudade
Você vai ficar:
Pequena
Serena
Centena
Horrenda
Mulher
de atenas
Novenas...
Comentário: Chamo isso de poesia cantada, como não tenho muitos conhecimentos musicais, ainda está apenas em escrito, mas pretendo colocar em música plenamente. Muito da minha lírica de colocar-me ao lugar da amada nas letras, deve-se muito à meu carinho, e o quanto sou fã do mestre do lirismo feminino: Chico buarque!