Confusões

Há tanta confusão, vejo disco voador

Ouço vozes, vozes constantes que me dizem o que eu devo ou não devo fazer

Ser ou não ser, ventou o saber.

Minha loucura, de todas as inconstâncias é a melhor de todas.

Não há ninguém aqui, além de mim, além de você.

Será que é certo? Tá tudo errado, despedaçado!

Despeno, reinvento, recomeço.

Abro minhas asas e com pés de quem sabe onde vai, sigo

Sigo em direção ao sol,

Sem pena, sem pés, sem patas, queimo, reitero.

Revigoro, percorro, corro, me escondo

Sobrevivo aos ataques sobrenaturais, dos que se dizem imortais

Não sei pra onde me levarão, (Ah que confusão!)

Não sei porque me querem, afinal.

Mas nessa loucura extasiante, não me leve a mal ,

Sou o beija-flor, colorindo o céu carnal,

Sou os olhos do medo, na cor dos olhos.

Sou o mar nos olhos, os pés que não alcançam

Sou o iceberg que afunda, o réptil mais doce desse universo

Sou, dentro dessa loucura, tudo o que posso ser

Tudo o que quero ser.

Sou a força, a garra, o medo, a discórdia.

A intriga, a vaidade, a inveja e a cobiça.

Humanidade, com ou sem maldade

Despida, ou sempre linda.

Assim, mais nada, enfim.

Lilian Pagliuca
Enviado por Lilian Pagliuca em 06/03/2018
Reeditado em 06/03/2018
Código do texto: T6272379
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