Confusões
Há tanta confusão, vejo disco voador
Ouço vozes, vozes constantes que me dizem o que eu devo ou não devo fazer
Ser ou não ser, ventou o saber.
Minha loucura, de todas as inconstâncias é a melhor de todas.
Não há ninguém aqui, além de mim, além de você.
Será que é certo? Tá tudo errado, despedaçado!
Despeno, reinvento, recomeço.
Abro minhas asas e com pés de quem sabe onde vai, sigo
Sigo em direção ao sol,
Sem pena, sem pés, sem patas, queimo, reitero.
Revigoro, percorro, corro, me escondo
Sobrevivo aos ataques sobrenaturais, dos que se dizem imortais
Não sei pra onde me levarão, (Ah que confusão!)
Não sei porque me querem, afinal.
Mas nessa loucura extasiante, não me leve a mal ,
Sou o beija-flor, colorindo o céu carnal,
Sou os olhos do medo, na cor dos olhos.
Sou o mar nos olhos, os pés que não alcançam
Sou o iceberg que afunda, o réptil mais doce desse universo
Sou, dentro dessa loucura, tudo o que posso ser
Tudo o que quero ser.
Sou a força, a garra, o medo, a discórdia.
A intriga, a vaidade, a inveja e a cobiça.
Humanidade, com ou sem maldade
Despida, ou sempre linda.
Assim, mais nada, enfim.