Ateísmo Plausível
Não crer com a fé que cega os nêgo ortodoxos
É como não querer legalmente os tóxicos
Dióxidos, pros meus pulmões
Disléxicos nas dimensões do saber
Não querer mais que uma fé genuína
A heroína que facina e que me enche a menina dos olhos
Os alhos, molhos, os acessórios da religião doentia
Os necessários nessa guerra vadia
Os néscios, vários, cheios de ousadia
De hoje em dia, há dias que ninguém a adia.
Toda utopia, melancolia de uma vida vazia
Ninguém sacia a alma com tanto entulho
Muito barulho em nome do Deus dos cristãos
Muito bagulho em nome dos falsos irmãos
Muito mano vacilão, muito tretão andando na contramão do evangelho
É vão e gélido o Adão e Eva dos gélidos
Os anjos angélicos, os manos pentelhos, maquiavélicos
A quem aconselho, sempre de joelho no espelho e apelo com o apêlo dos velhos.
Não creio no "amor" forjado na incoerência
Eu creio no valor que traz luz à consciência.
Não creio no deus que ignora a inocência
Como toda prova do que se esforça em decência
Sendo assim sou ateu, coerente, consciente de que um deus mal representado não é digno de crença.
Não crer com a fé que hoje é mercadoria
É como ser ateu do deus de toda ironia
Todo entender da ciência sem ter metodologia
Sem ter critérios que operem a consciência que guia.
E se é questão de assumir eu vou sem nenhum apego
Confessar que eu sumi com um pedido de arrego.
E se posso presumir os meus irmãos são pelegos
No meio de tantos negos o que me assola em medos é a cruz para a qual negam os pregos.