CRIME DOLOSO

CRIME DOLOSO

Entre o nascer e o pôr do sol,

o astro brilha impiedoso.

Pune malfeitores do paiol.

Queima a carne, crime doloso.

Revolta com descaso humano.

Inventor, transformador sem plano.

Egoísta, inconsequente, é só presente.

Passado esquecido, no futuro talvez tente.

Capacidade racional bastante limitada.

Afeição extermínio, instinto destruidor.

Criança esmaga inseto, sem ameaça de dor.

Assim crescemos, poder da mente estagnada.

O agora vale mais, imediatismo.

Tudo é pra ontem, menos domingo.

Segunda informação já no batismo.

Depois da terça parte, choramingo.

Hoje, pela sombra e de chapéu,

tropeçando em erros contra o céu.

Caminho, que, arranha tez seu espinho,

perfura olhos, o faço sozinho.