MARCAS DA SECA
Desculpe seu dotô se lhe aperreio
com essa mão estendida pra o senhor
os meus zoios caidos de tristeza
é que a fome a alegria devorou
Minha muié num tem pão, meus filhos num tem papa
e a água da cacimba já secou
somente nos meus zoios duas lágrimas
e no meu peito um grito sofredor
Oh senhor que sofrimento se encontra o nordestino
a famia passa fome, como é ingrato o seu destino
os zome fazem promessas pra acabar com seu martírio
passa seca e volta seca e nada é resolvido.
oh..oh oh.