Luta cotidiana

Seu Zé grita: Jabuticaba!

Abre o sinal

Tem um cara no Planalto Central

Que corre com os dedos da mão

No Rio quase sempre é domingo

E ao pôr do sol

Se brinca de soldado e ladrão

O trânsito lento, sapato apertado no pé

Seu Zé grita: Jabuticaba!

Abre o sinal

O asfalto latejante, um sapo a ter que engolir

Sobretudo aguentar careta o sopapo

Ao ver na TV tamanha injustiça

E ainda ter que tirar um grande amor da cabeça

Seu Zé grita: Jabuticaba!

Abre o sinal.