No chão de Brasília

Enquanto a noite passa invento uma canção

A vida é passageira que passa da estação

E vai mais adiante onde leva o coração

Num trem metrô ou trem bala

Que não seja bala perdida ou mala...achada perdida

Por outros insanos que te deixam a mingua

No plano, no plano... piloto

Piloto plano e Dormindo no chão, mendigando

Um pão ou um pouco de atenção

No chão de Brasília

Em mais um ano de viração

Tentando ser mais um humano

Na multidão, na multidão

Assim vou me lembrando de tudo que passei

Enquanto a noite passa, inspira o coração

Que é rei

Devagar, assim se chega ao seu final

Que nunca acaba mas continua na longa estrada real

Que é a rua, da noite mal dormida ou inspirada

Esperando a madrugada olhando a lua, prateada

Ou pirateada? enquanto eu dormia na calçada

A solidão ainda ensina a aproveitar

O tempo que passamos sós lembramos muito mais

Do amor ou de melhorar pois nós podemos aprender

Que mesmo solitários encontramos a paz

Seja no chão de Brasília ou de La Paz

E assim o mundo rola na mente de poeta

E a mente apavora o medo que se sente

Na rota rotatória e a gente se sente na história

E grava na memória e a memória não mente

E grava no coração, numa pedra de um batente

O importante é que somos gente e gente sente

E sofre...mas vence

E a vida pressente o que tá na mente...

E assim eu vou em frente

Escrevendo, em frente verso e verso e frente

PoetaFlorisvaldo
Enviado por PoetaFlorisvaldo em 21/07/2018
Reeditado em 27/07/2018
Código do texto: T6396563
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