BELEZA

BELEZA

Valeria a expectativa da beleza ser obstante para mar.

Ondas espalham pela orla, encontros de água e pedra.

Espera areia macia para aliviar pés, caminho do pomar.

Frutas e trutas, combinação perfeita, acaso que medra.

Irreconhecível limite, forçadamente, abrindo fronteira.

Pelo atalho mais curto, vida é um risco, seja onde for.

As rochas não choram, porém já rolam pela ribanceira.

Trazendo consigo toda desculpa da sorte, aterrorizador.

Abrindo espaço, mostrando céu, formosura do arrebol.

Talvez, quem sabe, depois da tempestade há calmaria.

Repete, nascer e morrer, aurora e ocaso, poder do sol.

Brilhante para todos, mesmo aquele que se espantaria.

Sobre solo alheio, reconheceria a estampa, força da lei.

Regente do castelo é o mesmo bobo da corte, palhaço.

Perseguindo uma sombra, como um cavalo de um frei.

Sem freio, nem meio, estribo ou arreio, num só pedaço.