Duas vidas, uma história...

(Em breve disponibilizarei trecho do áudio)

Todos em seus lugares

que a sessão vai começar

em cartaz: Duas vidas, uma história,,,

Tentem acompanhar

Assistam com o coração

Cada cena e atenção!

A luz já vai apagar...

Na grande tela um solitário,

sozinho em meio a multidão

Sempre procurando alguém,

E alguém sempre dizendo não

Percorrendo seu caminho

Em mil aventuras, mas sozinho

Sem saber a razão

Até que num dia, assim normal,

resolveu ir navegar

e acabou mergulhando de kbeça

“naquele” estranho mar...

Tantas pessoas, tanta gente,

umas iguais, outras diferentes

“-Será que alguém vai me notar?”

Foi quando uma verdadeira “deusa”

romântica por convicção,

que sabia como ninguém

navegar no "mar da informação"

notou o chamado do solitário

e sem temer seu itinerário

aceitou a conexão

Dias, semanas, meses

nem notariam passar

de tão felizes que estavam

com o elo que acabavam de formar

e no jardim daquela amizade

outro sentimento, na verdade

um dia iria brotar

E é nesta cena que a romântica

diz tomada de pura emoção:

“-Eu sou a metade que te falta

pra completar o coração!”

“-vamos jurar amor eterno,

Seja no céu, seja no inferno

Me chame de paixão!”

“-Eu vou ser a sua vida

Vem me conhecer!

Às 7:30 na rodoviária

dia 12 que eu quero te ver

Vem, me dê a mão

que eu tenho um coração

para te oferecer!”

E um lindo conto de fadas

começam a vivenciar

Até as borboletas no caminho

fazem questão de aprovar

Um amor tão especial

Tão puro, e no mundo sem igual

Que chegou sem avisar

Uma romântica e um solitário

vivendo em plena comunhão

E todo dia é especial

E toda hora uma emoção

E em cada foto revelada

Uma certeza vem estampada:

Amor no coração!

E os dois são tão felizes,

Não se cansam de sonhar

O futuro? Está logo ali

Tão fácil de alcançar

Uma vida cheia de beleza,

Sem ter espaço pra tristeza

“-Pra sempre hei de te amar!”

E vão navegando juntos

cantando a mesma canção

pois antes de cada problema

já sabem cada solução

Tão empenhados em mostrar

a qualquer um que ouse duvidar

do poder daquela união

Mas uma reviravolta

não demorou a chegar

e o barco do solitário

perdeu a estabilidade pra navegar

pois quando sua guia era a solidão

não havia cuidado da embarcação

que agora iria naufragar

E pra cada furo que “tapava”

outros apareciam, em profusão!

Enquanto ele via a tempestade

se transformar num furacão!

E os bons momentos já não mais

conseguiam encontrar a paz

perdida no turbilhão!

A pressão era tão grande,

Tantos os sonhos pra esquecer

que a romântica chorou

vendo a beleza desaparecer

e tomada pela amargura

deu a um inocente a sentença mais dura:

“-O Amor é quem deve morrer!”

E assim é que termina

essa história triste de contar

A romântica indo embora

atrás de outro sapo pra beijar!

O solitário voltando a ficar só,

um sonho transformado em pó!

“Sempre há um preço há se pagar!”

A tela escurece e chega ao fim

a sessão do filme em cartaz

nos créditos, escrito assim:

“Baseado em fatos reais!”

Eu não sei, será que alguém percebeu...

que o solitário sou eu?