CALMARIA
CALMARIA
Enquanto estiver no encalço do caminho, há pedra.
Rolando pela correnteza, na força da água, vagueia.
Em barco a vela, sopro do vento, calmaria se medra.
Encalhar em meio oceano, onde meu sonho passeia.
Distinto quanto egoísta, distrito dado, emancipação.
Depois de uma vida toda, tomado, de acerto desejo.
Com a faca e o queijo, entre outros talheres, a mão.
Zarpa do cais do porto seguro, pro encaixe do beijo.
Navega ondas, caixote, pega jacaré, até onde possa.
Desbrava o mar desconhecido, entre tanto, o ritual.
Mastro que estende o pano, meu plano se emboça.
Então arrisco, nesse bote sem remo, rumo ao final.