Já ninguém faz alarde (21/04/2007)
Já vai longe a tempestade
Mas assombras com rancor
A minha felicidade
Em sinal de lealdade
Não te falo mais de amor
Já vai longe o meu desgosto
Acaba com desengano
Pois sorrir não paga imposto
Sei que não sou ao teu gosto
E não te vou causar dano
Se nem sempre o amor arde
Se foi longe não comento
O amanhã fez-se tarde
Já ninguém faz nisso alarde
Estás no meu pensamento
Se me escutas volta e meia
Fazes ares de amuado
E dizes palavra feia
Prometes mesmo cadeia
Temos o caldo entornado
Se o meu fado é fatalismo
Então tudo tem um fim
Onde está o meu egoísmo
Nesta vida de heroísmo
Ai, o que será de mim