Mórbida Canção
O frio quase toca o meu coração
Que está gelado como o próprio gelo
As lagrimas caem com o sangue
Que desce pelo meu corpo inteiro
A minha dor agora vem de dentro
As minhas lagrimas ninguém pode secar
Estou preso num poço profundo
Que eu chamo de meu lar
Por que as pessoas se vão um dia
E não há como evitar?
Mas não era sua hora ainda
Mas você se recusou a ficar
Meu anjo me abandonou
Disse que um dia todos se vão
Eu vi quando você partiu
Você me viu chorar então
Mas nada fez voce voltar
Nem mesmo o sangue pelo chão
E me deixou no esquecimento
Sofrendo como numa morbida canção
Na palidez de seu rosto constante
Na beleza de sua aparencia
Percebi que meu ódio do mundo
É a rotina da convivencia
Percebi que a noite domina
E o dia é uma mera ilusão
A unica certeza da vida
É a morte e a decomposição
A causa da ferida sagrada
É a dor da existência
A nova procura da cura
É a causa da doença
O ódio é uma emoção que não é sua
Mas que você aprendeu a amar
Eu costumava te chamar de anjo
Mas quando os anjos caem, não podem mais se levantar...
(Na época fiz essa musica pensando nas familias que morreram no holocausto. Pais vendo seus filhos sendo mortos, e as crianças vendo seus pais morrerem.)