indiscreta

Luz dos olhos

da menina

que atravessa pela greta

passa por minha retina

Sombra intui a silhueta

Da menina

Na janela

luz que entra

pinta a tela

lê do avesso

dança em verso

faz meu quarto universo

(deixa tudo submerso)

faz meu quarto universo dela

cada dose

desconforto

alma cheia

em copo seco

embriaga

corpo oco oco oco oco oco

que dormia em qualquer beco

Em pele seda

Fogo encosta

em carne viva

deixa em(brasa)

quando esbarra na sua

o meu corpo cria asa

Em pele seda

Fogo encosta

em carne viva

deixa em(brasa)

toda nua

em toda rua

do meu corpo

(Vira sua casa)

cai o céu

pra me testar

e me deixa consolo

com um trovão

que orquestra bem

o des(concerto)

desse coro

coração

canta quando eu prendo o choro

desenho tua silhueta

na fumaça do marlboro

Em pele seda

Fogo encosta

em carne viva

deixa em(brasa)

quando esbarra na sua

o meu corpo cria asa

Em pele seda

Fogo encosta

em carne viva

deixa em(brasa)

toda nua

em toda rua

do meu corpo

(Vira sua casa)