SOLIDÃO

SOLIDÃO

Elias João Elias Dib - 03-12-2001

ANTES ANDAVA SÓ,

ACOMPANHADO DE SUA SOLIDÃO,

ÀS VEZES FALAVA SOZINHO,

MAS NINGUÉM LHE OUVIA.

NAS NOITES DE ANGÚSTIAS,

COSTUMAVA SE OLHAR NO ESPELHO,

A SOLIDÃO ERA TÃO REAL,

QUE SENTIA MEDO DE SUA IMAGEM.

TODAS AS NOITES ESCURAS,

ELE SAIA DE SUA CASA,

OLHAVA PARA TODO LADO,

MAS, NADA VIA.

ESTAVA MUITO ESCURO, MUITO ESCURO;

O TEMPO FOI PASSANDO

E A ESCURIDÃO COMEÇAVA IR EMBORA,

NO HORIZONTE SURGIA O CLARÃO.

ERA O PAI SOL QUE DESPERTAVA DO SEU SONO

O SONO PARA NÓS,

MAS, PARA ELE NÃO EXISTE ESTE DESCANSO,

O SEU BRILHO É ETERNO.

O SEU TRABALHO É CONSTANTE E INCESSANTE,

QUE MARAVILHA É O SEU TRABALHO,

COM ELE TUDO VOLTA Á VIDA,

AS CHUVAS CAEM COM O SEU CALOR

AS MATAS FICAM MAIS VERDES COM AS CHUVAS.

ELAS NOS DÃO AS FLORES E AS FLORES OS SEUS FRUTOS,

OS PASSAROS, OS ANIMAIS E PEIXES,

ALIMENTAM-SE DOS FRUTOS.

O BICHO HOMEM SE ALIMENTA DOS ANIMAIS,

DOS PEIXES E DOS FRUTOS QUE A TERRA DÁ.

O BICHO HOMEM TEM SEU PAR,

MAS, MESMO ASSIM ELE É SOZINHO...

A SOLIDÃO É ALGO INCOMPARÁVEL

ÀS VEZES PARECE SER BOA,

MAS, AS VEZES PARACE RUIM,

NÃO SEI MAIS O QUE É.

NEM QUERO MAIS SABER,

SE BOM OU RUIM,

NÃO QUERO MAIS SABER,

SE BOM OU RUIM.