Divina Tragédia

Eu odeio lembrar das coisas ruins do meu passado

Elas me trazem uma certa mágoa

Custei a entender que meu futuro é uma muralha

E eu escalo ela de mãos atadas

Eu amo a minha musa, ela me usa, ela se abusa, ela me atura

Ela é meu tudo ou nada

O nosso elo é forte e inquebrável

Sobrevive indecifrável a qualquer parada

Eu tento, erro e acerto, espalho afeto

Mas a chuva segue, a chuva há de seguir

Eu corro e observo como nós sofremos quietos

Sem escolher pra onde ir

Por mais que a gente brigue atoa, o coração é dela, é só dela

Ela é meu tudo ou nada

E os vícios são gigantes que encontramos

Dominantes os gigantes, guardiões da mata

Meus versos mais sinceros fazem juz a esse mistério

Desvendando essa louca estrada

Meus manos mais lendários já se foram enfrentando

Cara a cara essa longa jornada

Custei a entender que meu futuro

É uma caixa enterrada no final do mapa

Eu amo ingerir e construir essa espécie

Essa espécie de arte revoltada

Eu amo a minha musa, ela me usa, ela se abusa, ela me atura

Ela é meu tudo ou nada 3x

Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 18/03/2019
Reeditado em 25/04/2019
Código do texto: T6600687
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.