Aos novos tempos

As ruas são estranhas

quando desertas

parece que toma conta

um vazio

Não ver pessoas

ao som de seus sorrisos

é ver que a vida não é certa

e meio tonta perde o brio

Até os cães parecem que sentem,

a normalidade muito se feriu

A cidade já é morna em suas manhãs

e tudo assim é ainda mais tão frio

Quero ver de volta

pássaros a solta pelo ar

e raízes da ternura

vencendo o concreto

Saber que em cada poste

há um ninho

e um vento novo

se fazer cantar

E felizes, como é o certo

a gente de um outro jeito

aprenda a caminhar

12-08-2020

21h20min

Murillo diMattos e Celso Galvão
Enviado por Murillo diMattos em 12/08/2020
Reeditado em 13/08/2020
Código do texto: T7033612
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