Das coisas que sinto...

Antes de mais nada
o nada não existe
Tudo é como estrada
sem o vazio tão triste

Viste o conteúdo?
A fórmula nos é vasta
O verso não fica mudo
a poesia não se afasta

Alastra o efeito pleno
em dar-se profundidade
Tem o grande e pequeno
mas não meia verdade

Arde na noite o sereno
e na manhã o orvalho
É fértil todo o terreno
que nunca é assoalho

Atalhos que eu acho
e as vezes nem procuro
Gosto de água de riacho
e da sensação do escuro

Muros quebram ao som
e casas viram ninho
quando além do tom
inda se vê o passarinho

Vinho é a boa sensação
que destilo como fato
É sinal que o coração
bate bom, bem exato

Ato de toda inspiração
que deixa tudo tranquilo
ainda mais se a canção
for mato que tenha grilo


28-01-2021
06h02min


Ao ouvir o novo disco, Cheiro de Mato, do bom amigo-irmão, e parceiro musical, Celso Galvão.
Murillo diMattos e Celso Galvão
Enviado por Murillo diMattos em 28/01/2021
Reeditado em 21/02/2021
Código do texto: T7170871
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.