Dona Esmeralda
Seus olhos fitam o canal azul
Azul que chega aos olhos
Junto aos despropósito
De embarcações
Estranho banhado piso firme sob ela
Navego o inconsciente
Abro o candelabro
Deságuo a buscar a estreia
A lembrança chega súbita
Como presa de moreia
Me traz ainda lúcida
Preta branca, preta velha
Dona Esmeralda
Senhora dessas terras
Sofrida, garrida, absoluta
De incansáveis épocas
Dona Esmeralda
E os mares todos dela
Fora este canal o que fizera vera
Luz de velas
Dando vazão a sua torta e retinta aquarela