Salomão de miséria
Pra voar mais alto
Sem sair do chão
Se jogar no vazio
Quanto destruiu?
Quantos empurrões?
E esse abraço frio...
Prosa com as paredes
Deita em seu colchão
Seu café de ontem
Sem Deus na oração
Acostumado com vitória sem luta
A olhar pros lados sem alguém Pra dividir
O ladrão de sua própria paz
A espera do conselho que jamais virá
A casa é sua pode entrar
Ventania e poeira se sentam sobre a sua ilusão
Salomão de miséria
Seu reino é matéria, só matéria
E o horizonte é solidão