PRENÚNCIO

Fumaças, queimadas...

São os sinais do fim.

O fogo, queimando as matas,

Arde em mim.

Que olho para o olho

Do meu filho – e o que vejo?

É um negro futuro.

Um futuro negro. Negro!

As cinzas, as horas...

Se apressam, sim!

Os ventos, as águas...

Prenunciam o fim.

E eu com a minha viola

Canto um pouco, penso e peço:

Parem com as queimadas!

As estradas do regresso.

Peço! Eu penso...

...Que o olhar vermelho

reflete a chama.

Coivaras, desertos...

Que o homem não ama.

O que será de nós?

O nosso sonho aqui se encerra?

Qual será o destino da vida?

Do planeta terra? Terra!

Marcos Aurélio Mendes
Enviado por Marcos Aurélio Mendes em 12/11/2007
Código do texto: T734234