Entrego a ti

Entrego a ti

Senhor, eu que nada.

Sim, nada tenho e nada sou.

Leigo, desprovido da maestria.

Que logo, tanto, tanto apanhou.

Prantos, sangramentos jorrou.

No velório.

Vales, desertos, gigantes.

Muralhas, escravidão, opressão.

Foi, é vasto o repertório.

Apresento Senhor, essas perseguições.

Tantos, tantas, são os levantes, as difamações.

Calúnias, desdenho.

Pois realmente nada tenho.

Somente desprezo e acusações.

De fato.

Percebe o inimigo, no mover, no ver, no tato.

Quão, tão minúsculo, fraco e incapaz.

Mesmo assim, assolam minha paz.

Investidas, tentam esmagar minha mente.

Atormentam, deveras prazer alucinado.

Ver me perturbado.

Um eloquente.

Entrego a ti.

Tome minha causa, meu todo, minhas queixas.

Veja, se há exagero.

Veja quão foi o desespero.

Não, nas mãos dessa maldade, não me deixa.

Chamo e busco, suplico e imploro.

Rogue por mim.

Somente a ti.

Creio na tua justiça.

Por isso chamo, creio e oro.

Giovane Silva Santos

Giovane Silva Santos
Enviado por Giovane Silva Santos em 12/02/2022
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