NA CONTRAMÂO

Eu sempre te olhei

Eu sempre te notei

Eu sempre desejei

Um sorriso, um aceno

Pelo menos um olhar

Eu sempre procurei

Por isso eu sonhei

Eu sempre acreditei

Que algum dia

Algum momento

você fosse me notar

Mas parece que eu errei

A sua direção

Quando atirei

Não flechei seu coração

Parece naufraguei

Naveguei na contra mão

Não conquistei você

Então me alimentei

Só de te olhar

Matei a minha sede

sem mesmo te beijar

Ignorei o meu desejo

Sem nunca te tocar

Não sei mais o que fazer.

E sempre que te vejo

Vem a sede do teu beijo

E de novo o desejo

Toma conta do meu corpo

É um sufoco controlar

E assim eu não aguento

É tortura, é sofrimento

Me machuca aqui por dentro

Eu ter tanto sentimento

E ver outro te amar