Sertão querido.

Quero acordar com janela de madeira...

Abri a tramela e a invernada investigar.

A vaca branca...O boi preto e a amarela...

E o anu branco sobre o gado a limpar.

O capim verde ainda molhado de sereno...

E os bezerros sem o leite a espreitar.

Lá na mangueira o meu velho madrugueiro...

Tirando o leite pra ninhada alimentar.

Ah esse cheiro do café...

Ferveu a água e cortou pão.

Meu coração pula no peito...

Estou sonhando com o sertão.

Doce de abobra bem fresquinho...

E a coalhada tá na mão.

Ah minha mãe quanta saudade...

Você na beira do fogão.

E o almoço as nove e meia...

Lá na quebrada do espigão.

Junto a tora do madeiro...

Arroz com porco e feijão.

E você era a mãe mais linda...

Junta a serraia pelo chão.

E nos cercava de carinho...

Trazia Deus mo coração.

Quando o café do mei do dia...

Na curva do café te via.

Cueca virada com açúcar...

Linda você quando sorria.

As cinco hora debuiava...

O milho ao molho pra porcada.

E os bezerro que trazia ...

Os separava da boiada.

Os vaga-lume então surgia...

Logo que a noite começava.

Após o banho a janta boa...

Então a gente assim orava.

Nos de saúde óh Deus bendito...

De nossa força pra enxada.

Nos abençoe óh Deus querido...

Conserve a gente nessa estrada.