20 de Abril de 1889
Destino? Pobre e fraco menino? Ou homenzarrão forte e rico?
Não sei! Tudo que sei
É que quando olho pro céu e vejo a lua lá no alto, Me dá uma vontade de viver
Muita vontade, Me bate uma emoção vê-la brilhando, Não consigo explicar
O que disser da lua? Não tenho nada a declarar, Só tenho tudo a declamar
E lá vai mais um verso meu!
"Cantei pra Ti a noite toda, E Tu? Nem estava lá!
Era uma favela foda, Só malandro rife
Pó e mato a la vontê, Cachaça da roça, Breja bem gelada
Cantei tanto samba antigo com você na minha mente, De partido alto a samba dolente
Fiquei mesmo naquela dor, Trovador na poeira
Sem ela por perto, Sem a sonhada namorada"
A tal da assanhada estava em outro samba com um tal de Nego Dito
Viram os dois de mãos dadas, E depois não viram mais nada.
(Histórias de um Livro que vem)