06 de Maio de 1889
Que pena, Não deu certo de novo
Dentre tantos segredos tardios, Novas saudades
A natureza me condenou, Agora aqui estou
Olhando as águas doce de Oxum escorrerem pelas montanhas, Hoje sou um pequeno arquipélago sem o gosto do sal
Odociaba! Odoyá Minha Mãe!! Quem me protege é Iemanjá!!! Janaína agora cuida de mim!!!!
Tantas árvores a orvalhar numa terra preta farta de amor, Chuva branda na rocha e as nuvens que não me abraçam
Seus galhos ao chão, Secos são lenha
Embrenha mata na mãe prenha, Estéril eu, Castigo que não mereço
Meigas mãos na terra virgem num setembro de solidão, Primavera! Amiga da alegria!! Traz a joaninha?
Havia ali palmeiras e guaranis, Outono morno, Verão sem emoção, Inverno que condena
Cadê a tal da canceriana?
As cascas caem, Espinhos entristece
No sul ou no sudeste, Cadê você?
Um céu tão claro, Tão sem graça
Um sol tão simples e a sombra tão fraca, Seriguela verde!
Vento que não sopra, Tantas plantas e um coração partido, Cadê ela? A virgem do poeta falecido.
(Histórias de um Livro que vem)