Persista

Arma carregada

Mão vazia

Feito como quem foi jubilada

Por si mesma

Vários goles secos com garganta torta

Empurra para fora

Tristeza perene

Felicidade e dicotomia

Te peço perdão

Mais uma vez

Daquela que ainda mais dói

Mais uma vez: o nada

Arrebata e me joga fora de mim

Perdão

Seu perfume

Sabe os meus defeitos

Volátil evola

Tira a calmaria, destroça-me

Sem saber falar, sem saber

Preciso de algo cortante

Caminho até uma fonte

A folha, agora, na mão

Deságua toda lágrima

Logo aqui

Mas não desista de mim

Nós

Decaindo na derrota

Que me lanço

E corta

Um grito; venha!

Pisa nas frustrações

Profanas

Profundas

As pinturas de Van Gogh

Elas esperam por quem somos de verdade

Sinto vontade de amar(te)

Matar(me)

No canto da parede

Dois lados; passo fingindo ter razão

Orgulho ferido em demasia

Me partiu o coração

Com o coração partido

Vou embora; carregando você

Me carrego

Desculpa por ter a beleza que você não esperava...

De mim...

Kessi Santos
Enviado por Kessi Santos em 03/06/2023
Reeditado em 05/06/2023
Código do texto: T7804375
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