11 de Junho de 1889
Na cordilheira dos teus cabelos mora minha revolta, Eu aqui admirando tua arquitetura, Foto sua que revelei e coloquei na moldura
Moldei, modelei e ficou a amargura
Simplesmente estou sem doutrina e sem religião, E o destino agora me tem em suas mãos
Esse teu esoterismo acabou comigo, Sempre sonhei com a gente no Egito
Tirando fotos nas pirâmides, Não quero mais brincar de arqueologia
Na verdade Eu detesto essa maldita dinastia, Chega né!
Quero só ver o filme do Charlie Bucket de novo
Você conseguiu me deixar puto com a lua cheia, Eu que sou fã daquela luz, Tantos versos compus
O ódio tomou conta do meu ser, Que pena, Que pena nada, Eu tô é com muita raiva
Nem é mês de agosto e eu já tô espumando, Fumegando o ar gelado da baixada
Sinto bem perto de mim a friaca da sua alma, Coração de mármore
Maldita hora que me entreguei, Nem quero te trombar mais.
(Histórias de um Livro que vem)