20 de Junho de 1889
Office-boy ou Contínuo, Pra mim tanto faz
Eu quero arroz e paz, Amor é bom, Quem sabe vem depois
No tempo dos meus Ancestrais, O trabalho era demais
Corte de cana, Colheita de café
Aquele inverno bravo, "Aquela maré"
E já pela madruga meu povo já tava de pé,
Homens fortes, Lindas mulheres
Romantismo a romantizar, Meus Antepassados gostavam de sinfonia
Ouvido absoluto do meu Trisavô, No museu da cidade se encontra a rabeca do meu Tetravô, Rabeca de pinho e jenipapo
Meu Pentavô, Até onde Eu sei, Não gostava muito de papo
Também não gostava nem um pouco de trabalho marcado e pesado, Heranças que herdei dos meus velhos
Mas, Sempre tinha um lugarzinho para repousar, Um colo aqui, Outro acolá
E quando chegava a hora de partir, Aquele lindo vestido longo
Aquele olhar marejado, Tantas lágrimas
E nenhum abraço, Nem um tchau ao longe para consolar, Nenhuma palavra
E ali tudo estava terminado, Era o fim e o começo de mais um trabalho
Vidas de Ciganos, Marinheiros e Trabalhadores
Vidas de Atores.
(Histórias de um Livro que vem)