22 de Junho de 1889
Profanou o meu ano, Agora vai ter que me aguentar
Como já bem disse o Jorge: "Ninguém deixa um Poeta impunemente"
Borboleta Cega que tanto voou e bateu com a cara na parede
Santa nunca foi né, Passou bem longe
Até compreendo teu momento, Não vim aqui pra te julgar
Mas, Você vai ter que me aguentar, Vai ter que me engolir
Eu que tanto gosto do Zagallo, Deixei de lado uma história futebolística, Para narrar o teu desserviço nesse Livro
Livro que nem gostaria de escrever, Porém, Fui obrigado pelo Sr. Destino
Hoje sem amor e sem ciúme, Ficou só a pobreza da minha revolta
Infinita revolta que não se acaba, Ela sempre volta, volta e volta...
Pra quem não tem nada, Bom, Hoje Tu tens um Livro
Livro cheio de histórias, sem glórias e sem nada, Cheio de desabafo
É só aquela boa e sagrada terapia de cada dia
Moça tão Bonita, Você poderia ficar com a minha vida, No entanto, Tá ficando somente com meu pranto em forma de palavras vazias
Fique agora com as minhas mágoas, mágoas e mágoas...
(Histórias de um Livro que vem)