ROSA TRAIÇOEIRA

Mulher fogosa, frondosa e bonita a quem chamo de Ana Rita, sobrenome desamor;

Eu chamava ela de vida, não conhecia a atrevida, a quem sempre jurei meu amor;

Mulher cheirosa, maldosa e fingida, em seus braços busquei a saída para fugir da saudade, seu descaso foi só maldade, o meu coração maltratou;

Eu tratava como querida, não sabia que ela era atriz, dizendo que foi infeliz, no romance e por vaidade, se entregava a qualquer um lá da alta sociedade, fazia a sacanagem, depois me ligava pra buscar ela, não sei pra que tanta crueldade, más um dia o touro acordou;

 

A safada que me enganou, e quando viu perder vantagem, comigo fez foi chantagem, de nosso filho nunca mais aqui voltar, nesse dia a terra se abriu, quando a poeira cobriu, tentei controlar ansiedade, más mesmo minha vontade era com ela acabar;

Ela fez pilantragem, me fez de pato, até tatuagem pra outro safado ela fez, quando vi perdi minha vez, na minha mente era pra dar o troco, tava já fingindo de loco, a sorte que foi no sufoco, o vento levou minha sorte, estou jurado de morte, onde esta condenada foi me levar;

Cansei só de reclamar, se a fila anda pra ela pra mim também pode andar, pensei dar um fim na vida dela, más antes pude pensar, que o nunca se tem nunca se perde, por mais que um filho herde, vou tirar esta de letra, ela não chama Helizabeta, e eu muito menos, chamo Osmar;

Vi que só foi livramento que o senhor tava sempre por dentro, tinha coisa melhor pra chegar;

 

Essa também foi ligeira, eu quem eu apelidei de minha rosa traiçoeira

Quem não sabe ficar ligado melhor não ficar bem na beira dela hoje não

Ela já professora da gafieira, a Sandra Rosa é ligeira quem dar uma de esperta e também majestade

Ela é muito fácil de se afeiçoar, esta nega é trambiqueira

                                                     (bis)

 

Promete para mim mesmo, comemorar a separação de nós dois com um frevo, e mulher não podia faltar, agora é claro vou farrear, o compromisso foi quebrado, te juro foi o cadeado, que você não soube usar;

Vejo até com outros olhos, como eu sou homem de sorte, já comprei foi passaporte, pra, com nova nega viajar, de aprendiz a professor, hoje me sinto doutor, só procuro ela amar;

Hoje tô tirando tudo de letra, quando a coisa fica preta, só não faço é lamentar, tem paradas que faz gente andar, correndo vou devagar, pra os pés não vacilar;

Hoje tenho outra família, cada um por sua trilha, só quem perde, é quem não sabe amar, hoje é só outro sistema, eu vivo e o meu lema é a vida aproveitar;

 

Penso até sobre outras coisas, não adianta amar o mundo, se você não souber se amar, toda vida tem tristeza, más de uma coisa tenho certeza, vaso ruim pode quebrar;

A mulher prudente é uma riqueza, quando a coisa fica presa, ela já sabe arrumar, pó de guaraná com nutela, não adianta ser só bela só pros outros apreciar;

A minha preta não tem das chiquezas, quando vejo a lâmpada acesa, ela chama pra jantar,

Troquei a zona urbana, por a simplesdeza, de encontro a natureza, conheci minha princesa, sua casa tem um pomar, às vezes sinto até criança voltando a minha infância, papai não pode reclamar;

A vida ensina com sutileza, cortando a correnteza, só afoga quem não sabe nadar, me apoio e sinto arrepio, como pode o homem do rio, nascer sem saber chorar;

Esta história que muitos, ensina, às vezes até contamina, depende de como sabes pensar;

 

 

Essa também foi ligeira, eu quem eu apelidei de minha rosa traiçoeira

Quem não sabe ficar ligado melhor não ficar bem na beira dela hoje não

Ela já professora da gafieira, a Sandra Rosa é ligeira quem dar uma de esperta e também majestade

Ela é muito fácil de se afeiçoar, esta nega é trambiqueira

                                                                         (bis)

Fiddeo Donnadeo
Enviado por Fiddeo Donnadeo em 14/09/2023
Reeditado em 05/01/2024
Código do texto: T7885687
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