Guardei no Bolso

Fria feito a Argentina que ainda te cria

Vingativa e cheia de razão

Olhando no espelho, Ela me viu, Eu olhei

Cumprimentei sem sair do chão

Ganhei a solidão

Revelava ali o nosso medo

Partilhei meu pranto

Calado e Marcado por uma noite

Percebi que já era tarde

Peguei aquele último olhar

Disfarcei e guardei no bolso

Em silêncio Eu sei que me aguento, Não gritei

O engano foi te conhecer

A razão não explica o tormento

Escondi o semblante

Abominei tua reação

Desnecessário foi o teu desejo

Sei que nunca vejo

Resumindo o lampejo

Ainda espero a tréplica da réplica

Ainda aguardo o ensejo.

Paulo Poba
Enviado por Paulo Poba em 04/01/2024
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